Os modelos educacionais até hoje difundidos, passam por novos paradigmas e isso com certeza alteram, em muitos aspectos, alguns sistemas conhecidos na pedagogia do ensino, como os modelos de Piaget e Vygotsky.
Piaget versa sobre o desenvolvimento cognitivo e pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis... é esta a teoria que propôs a idéia de construtivismo sequencial para os nossos alunos, tão criticado em todos os meios sociais nos dias de hoje.
Em contraponto, Vygotsky tem uma visão sócio-construtivista do desenvolvimento com ênfase no papel do ambiente social no desenvolvimento e na aprendizagem; a aprendizagem se dá em colaboração entre as crianças e entre elas e os adultos.
Tanto o construtivismo de Piaget e o aprendizado socializado entre crianças e adultos de Vygotsky, não imaginaram que com o avanço da tecnologia a educação poderia sofrer fortes mudanças: com o Conectivismo do EaD o ensino tem a possibilidade de ampliar a educação, pois sugere uma interação virtual, e não menos válida, através por exemplo do que faltava no ensino online, ou seja, a interação entre os alunos através do Second Life, o que torna o jeito de ensinar uma nova promessa para as universidades se tornarem ainda mais abrangentes.
Como disse a nossa colega Solange Giardino, Coordenadora de informática na educação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, "O fato de você se ver presente na sala de aula com seu avatar e poder interagir com os colegas e professores, colabora para um maior envolvimento dos alunos".
O que pude perceber neste debate com os colegas é que todos os modelos educacionais, sem dúvidas, tiveram uma valorosa contribuição para o que se convencionou chamar de Conectivismo.
Em alguns aspectos, minhas ideias e posições se modificaram, pois verifica-se possibilidades de ampliar até mesmo o EaD para o nosso sistema prisional, universalizar e democratizar este ensino para várias camadas sociais, através de preços mais atrativos e tecnologias digitais, proporcionar uma aprendizagem mais independente e autônoma, além de interagir com outros estudantes de diversas regiões do país e do mundo, portanto, proporcionando maior intercâmbio de conhecimento.
Muito importante ter percebido de que a cada sete novos alunos de graduação no Brasil, um já escolheu o método de EaD. Isto nos leva a refletir de que teremos com esse novo modelo de ensino pessoas mais conectadas e pró ativas do que nunca, além de gerar novas oportunidades na estrutura das Instituições de Ensino, como a função de Designer Instrucional e Tutores de Aulas.
O Processo de ensino e aprendizagem, a partir desta revolução, adota a partir do EaD uma nova forma de inclusão social e o país só tem a ganhar com isso!
Um grande abraço a todos e sucesso!
Prof. Maurício Dias